quarta-feira, 4 de junho de 2008

Elevadores...

Uma das situações mais constrangedoras na minha opinião é entrar em um elevador cheio. Geralmente todas as pessoas caladas, uma ou duas conversando, e você entra com aquela cara de quem acaba de chegar em uma festa onde não foi convidado. Todos te olham com uma cara de desaprovação, te olham como quem diz “Sai daqui intruso, penetra.” A festinha é só de quem já estava no elevador, é privê.

E quem entra acaba ficando com aquela cara de velório. Principalmente quando todo mundo tá calado. Dá uma sensação estranha. Aquelas pessoas que você praticamente nunca viu, ali, reunidas numa espécie de ritual macabro. Dá medo.

Você faz aquele comprimento tímido com a cabeça, ou entra calado. Aí olha pro teto, pro chão, pro painél, pro contador. Isso quando o elevador não tem ascensorista.

A ascensorista (geralmente são mulheres) é tipo aquela garota que você fica com vergonha de chegar na balada. Você simplesmente não tem assunto. Você fala seu andar, ela aperta o botão e pronto. A relação se baseia nisso. Apertar botões e dar bom dia.

Não rola nem um papo casual como aquele com o porteiro:
- Pow, e o Cruzeirão ontem hein? Jogou demais né?
- Qual andar senhor?

Elevadores realmente são um paradoxo nas relações interpessoais humanas.

uhauhauhauhhaa

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