Primeiramente vamos deixar uma coisa bem clara: Há diferença entre palmada e agressão física, espancamento, surra. E para essas coisas, que também podem ser chamadas de "maus tratos" já existe uma lei que puna isso.
A palmada sempre foi essencial para corrigir uma criança. Quando criança pensamos como criança, agimos como criança e não entendemos as ordens dos pais. Só depois de uma bela palmada é que se pensa direito. Métodos de tapete e conversas como: "mamãe ficou triste com isso que você fez", não dá certo para uma criança pequena e que não tem limites. Em certos momentos é preciso sim ser mais enérgico e impor o limite, e isso não é nada demais!
Particularmente, levei boas palmadas e graças a isso, eu me tornei um escritor, tenho um bom trabalho e estudo informática. Disso eu me orgulho! Dos meus pais e da educação que me deram! Das palmadas porque eu era uma criança sem limites e bastante impertinente!
Hoje em dia é impressionante: tudo não pode, tudo faz mal e tudo é errado. Uma piada vira caso de processo na justiça aqui no Brasil. Sinceramente, deplorável... Eu andava descalço na rua e tomava aqueles suquinhos e não morri por isso, eu comi muita porcaria, levei muita palmada, fui zoado na escola e isso não era bulling. Hoje vivemos num mundo tão babaca.
Acontece que é importante salientar que muitos pais não sabem dar palmada e educar e acabam por espancar a criança, surrá-la e expô-la ao ridículo publicamente. Daí entramos na questão do começo do texto. Maus tratos. É preciso saber dar palmada. E existem momentos, claro, em que ela não é necessária.
Mas afinal então qual é a diferença da palmada e do espancamento?
Simples: palmada, é bater na bunda, não precisa colocar força. Use a mão. (meus pais usavam chinelo). E porque a bunda? Eu acho que é porque a bunda é o melhor lugar pois a criança irá pensar no que fez em algum lugar sentada e como ela fica ardendo por um tempinho, dá pra fazer refletir realmente. É muito necessário juntamente com essa palmada vir a conversa e disciplina de porque isso aconteceu.
Já o espancamento, surra ou agressão física é bater por bater, sem motivo, bater em qualquer lugar, com muita força na cara, na cabeça, com qualquer coisa que encontrar pela frente e sem disciplina, publicamente, sem explicar a criança porque apanhou. Isto é feito geralmente por pessoas descontroladas, sem paciência que não sabem ser pais, não sabem ter diálogo e disciplinar a criança corretamente.
Outro erro também é que na hora da raiva, esses pais além de soltarem a mão em tudo quanto é lugar, falam palavras duras que agridem a auto-estima e o caráter da criança, além de machucá-las fisicamente.
Isso não pode acontecer.
A palmada não é para machucar ou causar um hematoma, é apenas para fazê-la pensar.
Enquanto a palmada é um método de correção da qual fará a criança pensar e aprender que aquilo é realmente errado. O espancamento é humilhante e pode trazer verdadeiros traumas para a vida por apanhar em lugares de honra e integridade do ser humano e também pelo simples fato de a criança nunca entender os reais motivos pelo qual aquilo aconteceu.
Pense na seguinte situação: o que fazer com uma criança que não fica quieta, podendo provocar acidentes contra ele mesmo? Ou em uma situação clara de manha e desobediência em um lugar público? (Eu já fui dessas crianças que se jogam no chão e choravam para ter o que queria...) E aí? Chamar SuperNanny? Talvez o Batman? Bom... com a lei sancionada, o melhor mesmo é correr o máximo que puder e desejar nunca ter nascido.
É o que eu estou dizendo: Nessas situações, é necessário sim ser mais enérgico. Não tem jeito.
A palmada não é dada para “ensinar a criança quem manda”, mas para protegê-la de si mesma, da curiosidade perigosa, das atividades que ela não premedita e da ideia de poder fazer o que quer no ambiente. Essa é a palmada que educa o corpo (limita o movimento inadequado) e a mente (aprendizagem emocional, social e cognitiva) da criança, pois lhe ensina o respeito pela palavra NÃO. A palmada portanto, possui nessa fase da vida da criança, uma função educativa e limitadora. Mais uma vez: exclui-se aqui a surra, o espancamento e a agressão física.
Na medida que a criança amadurece mentalmente e cresce, a palmada vai sendo substituída por outros meios, privilegiando muito mais o diálogo e outros tipos de limites.
Enquanto se preocupam em debater essa besteira e falso moralismo, alguns mendigos vão sendo espancados e queimados por jovens de 14, 15 anos, drogados, viciados em roubos e que muitas vezes vão presos e soltos em seguida.
A lei é muito contraditória: querem se intrometer na forma de como as pessoas educam os seus filhos em seus lares mas oferecer uma educação pública digna e decente nas escolas nada, não é?
Eu DUVIDO MUITO que se saíssem em um plebiscito isso seria de agrado da maioria da população.
Essa é a minha opinião.